O que aconteceu com o metaverso? Da promessa revolucionária ao esquecimento
O metaverso foi anunciado como o futuro da internet. Confira o que levou ao seu declínio, quais seus principais obstáculos e por que ainda pode ser importante.
Feito por: Sheila Gomes de Souza - 16 de Abril de 2025 às 08:53.
O que aconteceu com o metaverso?
Em 2021, o mundo inteiro voltou seus olhos para um conceito que prometia revolucionar a maneira como nos conectamos, trabalhamos e nos entretemos: o metaverso. Impulsionado principalmente pela mudança de nome do Facebook para Meta, o metaverso foi apresentado como a próxima grande evolução da internet — um espaço digital imersivo, interativo e tridimensional, onde seria possível viver experiências virtuais quase tão reais quanto as físicas.
A promessa: o futuro digital da humanidade
Empresas de tecnologia prometeram mundos virtuais com interações sociais ricas, economias próprias, reuniões de trabalho com avatares 3D e até shows e eventos culturais dentro de ambientes digitais. A ideia não era nova — jogos como Second Life e Minecraft já exploravam aspectos do metaverso — mas a proposta da Meta e outras big techs era integrar realidade virtual (VR), realidade aumentada (AR) e blockchain em uma plataforma única e universal.
Os investimentos bilionários
Entre 2021 e 2022, grandes empresas investiram bilhões de dólares em projetos relacionados ao metaverso. A Meta, por exemplo, chegou a gastar mais de US$ 10 bilhões anuais no desenvolvimento de tecnologias para esse novo mundo digital. Outras gigantes como Microsoft, NVIDIA, Epic Games e até marcas de moda como Gucci e Nike também se envolveram, criando desde espaços virtuais até coleções de roupas para avatares.
Mas então... por que o metaverso esfriou?
Apesar do entusiasmo inicial, o projeto metaverso esbarrou em diversos obstáculos:
1. Tecnologia ainda imatura: os óculos de realidade virtual ainda são caros, desconfortáveis para uso prolongado e limitados em qualidade gráfica e desempenho. A maioria das pessoas simplesmente não tem acesso ou interesse em adotar esses dispositivos.

2. Baixa adesão do público: apesar da promessa, poucos usuários realmente migraram para plataformas como Horizon Worlds (da Meta). Muitos consideraram as experiências oferecidas pouco atrativas, com gráficos simples, falta de conteúdo e interações artificiais.
3. Falta de um propósito claro: para muitos, o metaverso parecia uma solução em busca de um problema. Não estava claro como ele melhoraria de fato a vida cotidiana, além de criar ambientes virtuais que tentavam imitar o mundo real, mas sem o mesmo dinamismo.
4. Concorrência com outras tecnologias: enquanto o metaverso enfrentava dificuldades, tecnologias como inteligência artificial (IA) avançaram rapidamente e capturaram o interesse do mercado. Ferramentas de IA generativa, como o próprio ChatGPT, passaram a receber investimentos massivos e ocupar o centro das atenções.
5. Questões econômicas: a instabilidade econômica global, alta dos juros e a necessidade de cortes de gastos fizeram empresas reverem seus orçamentos. Muitos projetos ligados ao metaverso foram despriorizados ou descontinuados.
O metaverso morreu?
Não exatamente. Embora o "hype" tenha diminuído drasticamente, o conceito do metaverso ainda existe, mas de forma mais discreta e pragmática. Ele está sendo incorporado gradualmente em áreas como:
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Jogos online e experiências imersivas, como no Fortnite, Roblox e plataformas VR mais nichadas.
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Ambientes de treinamento corporativo, onde simulações em VR oferecem aprendizado prático.
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Arquitetura e engenharia, com uso de espaços virtuais para visualizações de projetos.
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Eventos e exposições digitais, que combinam interatividade com alcance global.
O metaverso segue existindo, porém longe dos holofotes, caminhando aos poucos, talvez esperando sua próxima grande chance. Gostou deste conteúdo? Acesse o nosso blog, falamos muito sobre tecnologia e marketing digital!
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